PSF: 05_05_2025
O Banco Central do Brasil divulgou na manhã dessa segunda-feira o relatório semanal do Boletim Focus, que trouxe as projeções atualizadas até o dia 20 de outubro das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
As atualizações das projeções para 2023 apresentaram queda nas expectativas para o IPCA e PIB, enquanto as estimativas para a taxa Selic e a taxa de câmbio ao final de 2023 foram mantidas inalteradas.
O destaque do relatório ficou para o recuo na projeção do IPCA desse ano, que cedeu de 4,75% na semana retrasada para 4,65% na sexta passada. Dessa forma, a expectativa inflacionária para esse ano está agora abaixo do teto da meta, algo que não ocorria desde o dia 15 de junho de 2022, quando era de 4,73%. A projeção atual é a menor desde o dia 08 de julho do ano passado, quando foi de 4,49%.
O recuo nessa projeção seguiu refletindo o resultado abaixo do esperado do IPCA de setembro (Expectativa: 0,34%/Real: 0,26%).
Além disso, a redução do preço da gasolina em 4,1% anunciado pelo Petrobrás na sexta-feira passada (20) também contribui para a queda na projeção do IPCA. E o recuo na estimativa não foi maior porque houve alta de 6,6% no preço do óleo diesel também informado pela gigante estatal no fim da semana passada.
Após três semanas de estabilidade na projeção, a estimativa para o crescimento do PIB desse ano registrou uma queda marginal, recuando de 2,92% para 2,90%. O resultado pior que o esperado para o IBC-Br de agosto motivou esse recuo.
Divulgado pelo Banco Central na última sexta, o IBC-Br do oitavo mês do ano reportou contração mensal de 0,77% ante expectativa de queda de 0,3%.
O mercado também manteve em 11,75% ao ano a projeção para a taxa Selic ao final desse ano, sendo a décima primeira semana de estabilidade na expectativa para a taxa de juros no país. Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou para mais duas quedas de 0,5 p.p. nas duas últimas decisões do Copom nesse ano. Diante desse cenário, a taxa de juros no país deverá encerrar em 11,75% ao ano, em linha com o projetado pelos analistas nas últimas onze semanas.
A taxa cambial ao final desse ano também foi mantida inalterada em R$ 5,00. Forte fluxo comercial dificulta o dólar buscar patamares mais elevados, acima de R$ 5,10, enquanto as incertezas externas impedem uma queda mais pronunciada do dólar em nosso país.
Para 2024 houve queda marginal na projeção do IPCA, recuando de 3,88% para 3,87%. A taxa de câmbio ao fim do ano que vem foi mantida em R$ 5,05, assim como a projeção do PIB ficou inalterada em 1,50% e taxa Selic em 9,00% ao final de 2024.
ABAIXO A EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS 16 MESES