Dolár Comercial : --
Boi Gordo (B3) : --
IBOVESPA : --
Milho (CBOT) : --
Soja (CBOT) : --
Milho (B3) : --
Algodão (NY) : --
Petróleo : --

📊GRÁFICO DA SEMANA: O trigo é o destaque da semana

Por: Equipe Agrinvest
Gráfico, Macro
Publicado em: 06/10/2023 08:55

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O COBRE É O TERMÔMETRO

Algumas commodities são como “canarinhos da mina” quando se fala de ciclos econômicos, acusando reversões de ciclo de contração e expansão. O petróleo sem dúvida é um termômetro muito observado, mas que nesse momento está subindo como resultado dos cortes de produção, o que não reflete bem os fundamentos – basta a OPEP+ reverter os cortes de produção e teremos um balanço bem mais folgado.

Surge então outras commodities como o cobre e o algodão, mais “limpas” em termos de fundamentos de oferta e demanda, que acabam refletindo melhor o cenário de menor crescimento global. Hoje os preços do algodão também não reflete bem os fundamentos da demanda global, isso porque a produção americana será novamente menor que o esperado – clima muito seco.

Assim, o cobre passa a ser o nosso melhor indicador do ciclo econômico global atual, uma vez que a produção global não tem mudado muito nesses últimos anos, restando à demanda a definição do ponto de equilíbrio dos preços. Para essa análise, vamos dar uma olhada na curva dos futuros do cobre.

O que hoje a curva do cobre está nos dizendo? A curva dos futuros do cobre está em forte contango, ou em forte carry, padrão de curta de mercados muito estocados e/ou pouco demandados. Quando o contango aumenta muito, é sinal de que os estoques globais estão crescendo. Na bolsa de Londres, a referência dos preços globais, os estoques estão crescendo rápido, chegando ao maior nível desde maio de 2022. Já na bolsa de Shanghai, os estoques estão nas mínimas da série estatística iniciada em 2013. Essa diferença só confirma que a China está demandando menos, o maior importador global, enquanto os produtores globais e tradings estão estocados.


COMMODITIES

O petróleo está muito volátil. Em junho o petróleo era negociado a $67 o barril, saltando quase 40% até suas máximas na virada do mês de setembro perto de $94 o barril. Nessa semana, o petróleo despencou 12% para menos de $83, confirmando a pior semana do ano.

A alta foi puxada pelos cortes da OPEP+ e pelo anúncio da Rússia de redução das exportações de diesel no final de setembro. A reversão do rally veio rápido, ocasionada pela forte alta dos rendimentos dos títulos americanos, revisões para baixo no crescimento global para esse ano e para o próximo e menor crescimento da China, o maior importador global.

A pressão aumentou essa semana quando a Rússia disse que deve retornar ao mercado diesel em breve. Correndo por fora ainda há os estoques americanos de petróleo e combustíveis, os quais continuam perto das mínimas sazonais.


O TRIGO FOI O DESTAQUE DE ALTA

Depois de bater a mínima de 3 anos, o trigo na CBOT caminha para encerrar a semana com alta de mais de 33 centavos por bushel. A alta do trigo puxou o milho e a soja na carona.

Menor produção global, tensões no Mar Negro, a Rússia perto de sua cota limite de exportação e fundos muito vendidos são os principais fundamentos da alta do trigo.

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