PSF: 05_05_2025
Nesta quinta-feira, a Agência Reuters divulgou uma matéria afirmando que a Atrazina pode ser proibida no Brasil. O conteúdo da matéria prevê o seguinte:
“O Ministério Público do Trabalho brasileiro solicitou uma ordem judicial para proibir o uso da atrazina, que está presente em 5% dos defensivos vendidos no país, disseram os promotores nesta quinta-feira.
A agência reguladora nacional de saúde, Anvisa, que seria forçada a cancelar o registro de pesticidas contendo atrazina se um juiz decidir a favor dos procuradores do trabalho, não comentou imediatamente a ação movida na quarta-feira em um tribunal de Brasília.
A atrazina, utilizada em culturas que vão desde a cana-de-açúcar até ao milho e à soja, foi proibida na União Europeia em 2003 devido ao risco de contaminação das águas subterrâneas.
Nove anos depois, também foi proibido na Suíça, sede da Syngenta, que desenvolveu o herbicida e continua a produzir e exportar o produto químico, disseram os promotores.
No seu website, a Syngenta chama a atrazina de “segura para as pessoas” e “boa para o ambiente e para a economia”, citando estudos que atestam a sua segurança nas explorações agrícolas dos EUA, onde a sua utilização é permitida.
Em nota, a Syngenta reconheceu que importa e vende seus próprios produtos formulados contendo atrazina, tanto sozinhos quanto em misturas, no Brasil.
A empresa também disse que a atrazina está registada em mais de 50 países e considerou-a uma ferramenta crucial para ajudar os agricultores a gerir ervas daninhas e aumentar o rendimento das colheitas.
O Brasil, cujo clima tropical o tornou uma potência do agronegócio, é o maior consumidor mundial de pesticidas, incluindo muitos proibidos em outros lugares. Pesquisadores estimam que o Brasil seja responsável por cerca de 20% do uso global total de herbicida".
A atrazina é um dos herbicidas mais consumidos no Brasil. Segundo o IBAMA, ela é o quinto ingrediente ativo mais consumido no país.
No ano passado, as importações brasileiras ultrapassaram 77 mil toneladas (12 meses); porém, em 2023, os volumes importados recuaram consideravelmente.