PSF: 05_05_2025
O Banco Central do Brasil divulgou há pouco o relatório semanal do Boletim Focus, que trouxe as projeções atualizadas até o dia 15 de setembro das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
Os movimentos das projeções para 2023 apresentaram altas nas expectativas para o PIB e queda nas estimativas do IPCA e a taxa de câmbio ao final desse ano. Já a expectativa para a taxa Selic ao final de 2023 foi mantida inalterada pela sexta semana seguida.
Pela quarta semana consecutiva, o destaque do relatório ficou para o aumento na projeção do PIB desse ano, passando de 2,64% para 2,89%, se aproximando do patamar de 3%. A melhora na estimativa ainda reflete o resultado bem acima do esperado para o PIB do país no segundo trimestre.
O desempenho surpreendente do segundo trimestre sugere que o país deverá crescer em torno de 3% em 2023. Portanto, podemos esperar a continuidade de novas altas nas projeções do Boletim Focus para o PIB nas próximas semanas.
A projeção para o IPCA recuou de 4,93% para 4,86%, refletindo o resultado abaixo do esperado do IPCA de agosto, que foi divulgado na última terça-feira (12) pelo IBGE. No período, registrou alta mensal de 0,23% ante expectativa de alta de 0,28%.
Apesar da melhora da expectativa inflacionária, o mercado manteve em 11,75% ao ano a projeção para a taxa Selic ao final desse ano. O mercado espera pela decisão do Copom da próxima quarta-feira para ver no comunicado se haverá ou não uma sinalização de uma aceleração no ritmo de corte de juros na reunião de dezembro. Para essa semana é dado como certo que haverá uma redução de 0,5 p.p., com a taxa Selic cedendo dos atuais 13,25% para 12,75%.
Após subir em três das últimas quatro semanas, a projeção para o dólar ao final desse ano voltou a ceder, recuando de R$ 5,00 para R$ 4,95. A desaceleração dentro do esperado da inflação nos EUA, fez com que os investidores passassem a apostar que não haverá mais aperto monetário na maior economia do mundo, o que seria benéfico para as moedas emergentes como o Real. Por isso, houve redução na estimativa do dólar.
Para 2024, houve redução marginal no IPCA, passando de 3,89% para 3,86%, enquanto o PIB subiu de 1,47% para 1,50%. O câmbio cedeu de R$ 5,02 para R$ 5,00, enquanto a taxa Selic foi mantida inalterada em 9,00% ao final do ano que vem.
ABAIXO A EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS 15 MESES