PSF: 05_05_2025
Estendendo o movimento da véspera, o dólar comercial opera em queda na manhã dessa quinta-feira, ficando abaixo de R$ 4,90.
Apesar da apreciação do dólar frente as divisas dos países desenvolvidos nesse momento, a moeda norte-americana registra perdas frente as divisas de países emergentes.
A divulgação ontem do índice de preço ao consumidor núcleo nos EUA em linha com o esperado (de 4,7% para 4,3%), sinaliza que se o ciclo de aperto monetário praticado pelo Fed desde março do ano passado não acabou, está muito próximo do fim. Essa visão beneficiou as moedas emergentes ontem e segue nessa tendencia hoje.
A queda do dólar frente a moedas emergentes nessa quinta-feira ignora a agenda econômica norte-americana de hoje, que mostrou dados acima do esperado para vendas no varejo e índice de preço ao produtor. Esses dois indicadores ajudam a impulsionar o dólar IDX nesse momento, com alta de 0,30%.
Além do sentimento de que o Fed está muito próximo do fim do ciclo de alta de juros, a alta do preço das commodities minerais e metálicas hoje, também ajuda a impulsionar o preço das moedas de países emergentes.
Os valores dessas matérias-primas sobem na esteira de mais anúncios de estímulos monetários nessa madrugada na China. O Banco Central do gigante asiático anunciou um corte de 0,25 p.p. na taxa de depósito compulsório no país. Essa medida visa aumentar a oferta de crédito pelos bancos e dessa forma, fomentar uma melhora da atividade econômica chinesa.
Vale ressaltar, que o petróleo bruto e o minério de ferro são o segundo e terceiro produto, respectivamente, da pauta de exportação pelo Brasil. Portanto, se o preço dessas commodities sobem, gera expectativa de maior fluxo comercial em moeda norte-americana entrando no país e ajuda a derrubar o preço do dólar.