PSF: 05_05_2025
O Banco Central do Brasil divulgou há pouco o relatório semanal do Boletim Focus, que trouxe as projeções atualizadas até o dia 01º de setembro das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
Os movimentos das projeções para 2023 apresentaram altas nas expectativas para o PIB e o IPCA. Já as expectativas para as taxas de câmbio e a taxa Selic ao final de 2023 foram mantidas inalteradas.
O destaque do relatório ficou para o forte aumento na projeção do PIB desse ano, passando de 2,31% para 2,56%. Essa melhora refletiu o resultado bem acima do esperado para o PIB do país no segundo trimestre, que foi reportado na última sexta (01º).
Segundo o IBGE, a economia brasileira cresceu 0,9% na variação trimestral no segundo trimestre desse ano, bem acima do projetado pelos analistas que esperavam expansão de 0,3%.
Esse desempenho surpreendente do segundo trimestre sugere que o país deverá crescer em torno de 3% em 2023. Portanto, podemos esperar novas altas nas projeções do Boletim Focus para o PIB nas próximas semanas. No acumulado do primeiro semestre desse ano, o PIB do Brasil cresceu 3,7% em comparação com mesmo período de 2022, sinalizando que é bem factível nossa economia crescer ao redor de 3% até o final de 2023.
A projeção para o IPCA ficou subiu de 4,90% para 4,92%, refletindo o resultado do IPCA-15 de agosto que veio acima do esperado pelo mercado (Real: 0,28%/Expectativa: 0,17%). O mercado aguarda agora para semana que vem (dia 12) o número do IPCA de agosto para realizar novo ajuste.
A estimativa para o dólar ao final desse ano ficou estável em R$ 4,98, após três semanas seguidas de aumento na expectativa. A piora do humor externo ao longo do mês de agosto, impulsionou o valor do dólar frente as divisas de países emergentes e desenvolvidos, forçando os analistas por aqui a revisarem para cima suas projeções para o dólar ao final do ano.
A projeção para a taxa Selic ao final de 2023 seguiu inalterada em 11,75% pela quarta semana seguida. Essa expectativa segue em linha com a sinalização do Copom de mais três quedas de 0,5 p.p. em cada reunião até o final desse ano.
Para 2024, houve alteração marginal no IPCA, passando de 3,87% para 3,88%, enquanto o PIB foi reduzido de 1,33% para 1,32%. O câmbio em R$ 5,00 e a Selic em 9,00% ao final do ano que vem foram mantidos inalterados.
ABAIXO A EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS 15 MESES