PSF: 05_05_2025
O Banco Central do Brasil divulgou há pouco o relatório semanal do Boletim Focus, que trouxe as projeções atualizadas até o dia 25 de agosto das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
Os movimentos das projeções para 2023 apresentaram altas nas expectativas para o PIB e a taxa cambial ao final desse ano. Já a expectativa para o IPCA e a taxa Selic ao final de 2023 foram mantidas inalteradas.
O destaque do relatório ficou para o aumento na projeção do PIB desse ano, passando de 2,29% para 2,31%. Essa melhora refletiu o resultado acima do esperado para Confiança do Consumidor, que foi reportado na última sexta (25).
Segundo a FGV, a confiança do consumidor no Brasil atingiu 96,8 pontos em agosto, melhor resultado desde outubro de 2014 (101,5 pontos) e acima do esperado pelo mercado (93,3 pontos). A melhora da confiança do consumidor sugere aumento de demanda interna, o que ajuda a impulsionar o crescimento econômico do país. Vale lembrar, que 70% do PIB sob ótica de demanda é de consumo das famílias.
A estimativa para o dólar ao final desse ano sofreu uma alta marginal pela segunda semana seguida, subindo de R$ 4,95 para R$ 4,98. A piora do humor externo ao longo do mês de agosto, tem impulsionado o valor do dólar frente as divisas de países emergentes e desenvolvidos, forçando os analistas por aqui a revisarem para cima suas projeções para o dólar ao final do ano.
Porém, se houver uma melhora no humor lá fora, quando o Fed sinalizar que não haverá mais alta de juros nos EUA, a expectativa para o dólar tende a voltar a recuar. Mas enquanto não há a melhora do humor, o mercado mantém a cautela nas suas estimativas para a moeda norte-americana em nosso país.
A projeção para o IPCA ficou estável em 4,90%, apesar do resultado do IPCA-15 de agosto ter ficado acima do esperado (Real: 0,28%/Expectativa: 0,17%). O mercado aguarda para semana que vem o número do IPCA de agosto para realizar novo ajuste.
O reporte do número do IPCA-15 de agosto, reforçou a visão de que não há espaço para o Copom acelerar o ritmo de queda de juros no Brasil nas três últimas reuniões desse ano. Nesse quadro, a expectativa segue de mais três cortes de 0,5 p.p. da taxa Selic. Portanto, a taxa de juros brasileira encerraria 2023 em 11,75%, em linha com o esperado pelo mercado no Focus.
Para 2024, houve alteração apenas no IPCA, passando de 3,86% para 3,87%. PIB ficou inalterado em 1,33%, o câmbio em R$ 5,00 e a Selic em 9,00% ao final do ano que vem.
ABAIXO A EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS 14 MESES