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Por: Equipe Agrinvest
Alerta, Macro
Publicado em: 22/08/2023 12:29
Após acumular forte alta de 5,4% em agosto até o fechamento de ontem, o dólar comercial tem um dia de forte desvalorização nessa terça-feira. A melhora do humor no exterior e noticiário político local, trazem ganhos a moeda brasileira.
Lá fora, o dólar registra perdas entre 0,7% e 1,1% frente as moedas emergentes, como Peso Mexicano e Rand da África do Sul. Além de um ajuste, após expressivos ganhos recentes, ajuda a derrubar a moeda norte-americana frente a divisas de países emergentes, a melhora do humor no mercado acionário do Ocidente.
As bolsas norte-americanas operam em alta entre de 0,2% e 0,5%, enquanto na Europa os ganhos variam entre 0,2% e 0,6%. Esse movimento positivo reflete a expectativa do mercado com o resultado do segundo trimestre da empresa Nvidia que será reportada amanhã e se espera um ótimo resultado.
Ademais, as bolsas europeias e dos EUA vinham acumulando forte queda em agosto, o que torna natural um movimento de ajuste para cima como o observado hoje.
Por aqui, o noticiário político ajuda a dar suporte a alta do real frente ao dólar. Os jornais destacavam hoje cedo que a Câmara dos deputados irá votar até amanhã à noite o novo arcabouço fiscal.
Se de fato for votado e aprovado, tende a estender os ganhos dos ativos brasileiros, com o dólar voltando a operar abaixo de R$ 4,90 e o Ibovespa retornando para acima de 118 mil. Porém, se a votação for adiada novamente, nossos ativos voltarão a registrar perdas e poderão renovar mínimas recentes. Atenção ao noticiário político envolvendo a votação do novo arcabouço fiscal na casa baixa do legislativo brasileiro.
Apesar da melhora do humor externo e local hoje, a semana ainda promete volatilidade e a aversão ao risco poderá voltar na sexta-feira. Nessa data (25) teremos a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole.
Ele comentará sobre o rumo da política monetária dos EUA e caso reforce o discurso de taxa de juros altas por um longo período de tempo na maior economia mundo, os ativos de risco tendem a voltar a operar no campo negativo. Muita atenção a fala do chairman do Fed na próxima sexta.
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