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Gráficos da semana: O suíno na China é o destaque da semana

Por: Eduardo Vanin
Gráfico, Macro
Publicado em: 28/07/2023 09:41

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Gráficos que foram destaques de alta e de baixa na Semana.


DEMANDA

As vendas de farelo na China continuam muito fortes. Um dos motivos é a expectativa de melhora das margens da suinocultura.

Os preços do suíno no mercado físico na China acumulam alta de 12% em relação às mínimas, puxando junto os futuros em Dalian.

A estabilização da população de matrizes e a recuperação do preço de outras proteínas, como ovos e carne frango, seriam os motivos da recuperação. Além disso, o governo retomou as compras de carne para reservas.

A expectativa é de preços melhores para o final do ano, período sazonal de maior consumo.

Saiba mais em Agrochina: As vendas de farelo continuam fortes 


RENTABILIDADE

Importante destacar a rentabilidade do suinocultor na China. Apesar da alta da carne, a relação de troca suíno-milho ainda está perto do breakeven. O governo chinês possui um sistema de alerta. Abaixo de 5 o governo entra comprando carne, tentando estabilizar a relação de troca para o produtor. O governo chinês também atua na venda de seus estoques reguladores quando a relação passa de 8.

O preço da carne suína reagiu, mas o milho na China continua perto de suas máximas históricas, o que ainda mantém a pressão sobre a saúde financeira dos produtores. Além do milho, o farelo também continua subindo, acompanhando o encarecimento da soja importada.

O que o governo chinês quer evitar são os extremos. Hoje o risco é de saída de produtores da atividade, especialmente as grandes operações, as quais fizeram enormes investimentos nos últimos três anos.


VOLATILIDADE

A Ucrânia continua exportando grãos, farelo e óleo. Falando apenas de oleaginosas, embarcou na semana passada 113 mil toneladas de colza e 90 mil de óleo de girassol, volume praticamente igual na comparação mensal. Os volumes de milho ficaram também parecidos. A principal rota de escoamento está sendo pela Romênia. Não se sabe quanto vai cair o volume daqui para frente, mas não deve cair para os níveis antes do corredor. Falam que os investimentos e melhorias nos terminais de barcaças do lado da Ucrânia, e as ampliações no porto de Constanza na Romênia, aumentaram a capacidade mensal de escoamento de 500 mil toneladas para 2 milhões. É claro que a qualquer momento a Rússia pode reduzir isso a zero. A ONU comentou essa semana que estuda meios de proteger esse canal de exportação. Se você olha a volatilidade implícita das calls de trigo, você vai ver um pico muito forte na semana passada e uma forte queda nessa semana. Mesmo assim, a vol ainda é 50% mais alta quando você compara com o momento antes do fim do corredor. Pode-se dizer que o pior foi evitado, a Ucrânia continua exportando, mas o risco ainda existe.


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