PSF: 05_05_2025
O dólar comercial iniciou essa sexta-feira em alta, refletindo a forte aversão ao risco no exterior. Porém, a moeda norte-americana não conseguiu sustentar o movimento de alta e opera agora em queda significativa.
O dólar comercial iniciou o dia em forte alta, repercutindo as preocupações com a saúde financeira do maior banco da Alemanha, o Deustche Bank. A divisa da maior economia do mundo chegou a bater na máxima R$ 5,3414, forte alta de 1,01% e maior cotação intradiária desde 05 de janeiro desse ano.
Porém, como o dólar no Brasil ontem já havia subido mais de 1% por conta do estresse político interno, os investidores passaram a realizar suas posições compradas na véspera, proporcionando um ajuste no preço da moeda norte-americana. Com isso, o dólar passou a cair significativamente no país.
Outro ponto que favoreceu o ajuste, foi o fato dos gráficos mais curtos (15, 30 e 60 minutos) iniciarem hoje sobrecomprados (IFR acima de 70 pontos), o que dificultou a sustentação da alta da abertura.
Também ajuda para a queda hoje, o fluxo de estrangeiros em busca da taxa de juros real mais alta do mundo que é praticada no Brasil. Ontem, o dia deveria ter sido de queda para o dólar, por conta da decisão e do comunicado do Copom. Mas a crise política entre o governo federal e o Banco Central impediu esse movimento, que se vê mais pronunciado na sessão de hoje.
Com a taxa de juros real disparadamente a mais alta do mundo, fica difícil ver o dólar se apreciar no Brasil e furar a resistência de R$ 5,30 que tem se observado esse ano. Apesar desse quadro, o embate governo federal e BC tende a dificultar o dólar a vir abaixo de R$ 5,20 enquanto o governo não apresentar o novo plano de arcabouço fiscal.