PSF: 14_04_2025
Não se fala em outra coisa em Davos. Os representantes dos governos têm alertado muito para o risco de recessão global.
O CEO do JP MORGAN, disse que a taxa de juros nos EUA pode ir a 6%. China acelerando energia/salários em níveis elevados, obrigariam o FED a manter o discurso duro contra a inflação. O FMI no início desse mês revisou para baixo o crescimento global, menor crescimento em mais de três décadas. Os EUA devem crescer menos de 1% e a China menos de 4,5%.
Os ingredientes são: inflação elevada, grande endividamento das famílias e governo maduros, tensões geopolíticas e enxugamento da liquidez.
INDICADORES
O gráfico mostra o índice do Citi Bank chamado ÍNDICE SURPRESA. Quanto maior o índice, maior é o número de indicadores econômicos globais acima do esperado. O contrário também é verdadeiro.
Parece que o índice surpresa atingiu um pico.
INDICADOR DA RECESSÃO
A curva de juros americana continua invertida. A taxa de 2 anos continua acima da taxa de 10 anos em 0,7%.
Esse indicador é muito acompanhado quando se fala de ciclos de expansão e contração de crédito. Para o capitalismo, os ciclos de crédito e crescimento sempre andam juntos, uma vez que a oferta monetária mexe diretamente com a velocidade com que o dinheiro troca de mãos – teoria monetária.
Para os investidores, a curva de juros invertida serve como um indicador antecedente para a possibilidade de ciclos recessivos. A curva de juros americana antecedeu todos as recessões nos últimos 50 anos.
DEFLAÇÃO?
Outro indicador importante são os índices de inflação ao produtor (PPI), a inflação das empresas. Quando se fala das cadeias globais, tudo começa na China. O PPI na China subiu muito em 2021, levando inflação para o resto do mundo, em especial para a economia americana, seu principal comprador.
Agora o PPI na China já está em deflação desde o ano passado, o que parece uma questão de tempo até começar a derrubar os preços ao longo das cadeias de suprimento.
O PPI nos EUA em dezembro veio com contração na comparação mensal de 0,5%, 2ª contração na variação mensal no ano de 2022.