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O algodão que operava em queda de -0,93% antes de ser divulgado o relatório do USDA, agora está com um recuo de 2,15%, cotado a US$ 82,4 cents/lp.
Conforme esperado, o estoque final global apresentou um aumento de 0,43 milhão de fardos, gerado pelo aumento na produção americana e pela redução no consumo global. Nos Estados Unidos, a produção está estimada em 14,68 milhões de fardos, número acima do esperado pelo mercado (14,1 milhões) e, também, do relatório de dezembro que foi de 14,24 milhões de fardos.
A exportação norte-americana veio abaixo do esperado de 12,12 milhões. O número reportado é de 12 milhões de fardos, queda de 0,25 milhão de fardos com relação ao último reporte. Com isso, o estoque final apresentou um aumento relevante e chegou em 4,2 milhões de fardos, aumento de 0,7 milhão com relação a dezembro. O aguardado pelo mercado variava de 3,5 a 3,8 milhões.
A área plantada ficou em 13,76 milhões de acres (5,56 milhões de hectares) e a colhida em 7,44 milhões de acres (3 milhões de hectares). O abandono de área apresentou um aumento e chegou em 45,9%, maior já reportado. Os últimos relatórios do USDA trouxeram um abandono de área de 42,8%. O motivo foi o clima quente e seco no Texas, maior estado produtor da cultura nos EUA, que representa cerca de 40% da produção. Por isso, 2022 foi marcante para o algodão nos Estados Unidos. Com a maior parte da colheita encerrada em dezembro, os próximos relatórios podem ainda trazer ajustes. Os números da temporada 2023/24 deverão ser divulgados a partir do mês de maio.