Áudio com informações do abertura do dia no agronegócio
Macro: O dólar se fortalece no câmbio brasileiro com o mercado de olho no risco fiscal. Lá fora, as bolsas europeias iniciam a semana em queda, reagindo ao anúncio de Trump de dobrar tarifas sobre aço e alumínio, reacendendo temores de guerra comercial. A UE promete retaliar, enquanto a China criticou duramente a medida e ameaçou respostas firmes. Na Ásia, o clima também foi negativo, com quedas em Hong Kong e pressão sobre o setor siderúrgico no Japão. No Brasil, os mercados reabrem sob pressão após a Moody’s revisar a perspectiva do rating soberano para negativa. A decisão agrava o clima de instabilidade fiscal e deve impactar juros, dólar e ações locais.
CBOT
Soja: A soja recua na CBOT, acompanhada pelos demais ativos do complexo, diante do agravamento das tensões comerciais entre EUA e China. Pequim acusou Washington de violar a trégua firmada em Zurique e prometeu retaliação. O impasse reduz as chances de retomada das compras chinesas de soja americana. Além disso, o mercado segue pressionado pelos rumores de isenção às pequenas refinarias no mandato de biocombustíveis. Essa medida é negativa para a demanda por óleo de soja, ampliando o movimento de queda.
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Mercados na Ásia: Clima e os trades
Milho e Trigo: A semana começa com forte alta para o trigo na CBOT. Pela manhã, o milho também acompanhou a alta, mas acabou pressionado pela derrocada da soja nesta tarde. O trigo é sustentado pela escalada da guerra no Mar Negro, após ataque massivo da Ucrânia à Rússia, reacendendo preocupações com a oferta global. A possível elevação dos custos de frete e seguros pode afetar a competitividade de milho e trigo da região. Além disso, o dólar mais fraco nesta segunda-feira favorece os grãos americanos.
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🚨 ALERTA 1: Dia volátil para os grãos na CBOT. Tensões geopolíticas no radar
B3
Milho: O milho segue em queda na B3, pressionado pela aproximação da colheita da safrinha, estimada em 105 Mt. A maior oferta aumentou a competitividade do Brasil no mercado externo, com o país vencendo um tender na Ásia na semana passada. Apesar disso, os embarques seguem lentos, com apenas 68 mil t exportadas em maio. Para junho, as nomeações estão em 245 mil t nomeadas, com destinos para China e Irã. No ano, o total comprometido soma 5,3 milhões de toneladas, ainda abaixo de 2024.
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De Olho no Milho: Rápido comentário sobre o mercado brasileiro de milho
Clima: A semana começa com tempo instável no Sul do Brasil, com a chegada de uma nova frente fria. Após geadas pontuais no fim de maio, sem impactos relevantes sobre milho ou cana, o foco agora são as chuvas. Entre 3 e 5 de junho, as instabilidades se intensificam em MS, SP, PR, SC e MG. A partir do dia 5, a precipitação aumenta no RS, SC e PR. O excesso de umidade preocupa, especialmente no PR e sul do MS, podendo atrasar a colheita da safrinha e prejudicar a logística.
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