PSF: 24_11_2025
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados de ações oscilaram sem direção definida, com um rali pontual de “compras de barganha” perdendo força ao fim de uma semana volátil que interrompeu o avanço comandado pela inteligência artificial. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 estavam praticamente estáveis após abrir em alta. O movimento ocorre após nova onda de vendas liderada por grandes beneficiárias do boom de IA. Títulos do Tesouro dos EUA cederam parte do rali da sessão anterior. O dólar se manteve firme, enquanto o ouro superou US$ 4.000 a onça.
As gigantes de tecnologia (“Magnificent Seven”) ficaram em compasso de espera no pré-mercado, após um recuo forte recente. Empresas como Tesla Inc., com aprovação de pacote de remuneração de seu CEO, e Microsoft Corp., vindo de uma sequência negativa significativa, refletem o sentimento de cautela. Compradores de queda recuaram. Os investidores encerram uma semana intensa que trouxe um dos maiores testes ao rali de IA iniciado após abril, com dúvidas crescentes sobre até onde vai o movimento.
Os mercados também operam parcialmente às cegas, devido à escassez de dados econômicos em meio à maior paralisação do governo dos EUA da história, o que gera incerteza sobre os próximos passos da política monetária. “O sentimento está provavelmente moderadamente cauteloso”, afirma Karen Georges, gestora da Ecofi. Qualquer notícia tranquilizadora sobre emprego nos EUA, fim da paralisação ou fluxo de tarifas poderia dar novo impulso ao mercado.
Na Europa, as bolsas recuam e encerram a semana em território negativo, diante de preocupações persistentes com sobreavaliação de ações ligadas à IA e novas divulgações corporativas. Em Paris, empresas de serviços caem enquanto o setor de luxo resiste — já em Frankfurt, montadoras lideram os ganhos após anúncio da China sobre suspensão de exportação de chips da Nexperia. Em Londres, mineradoras sofrem com dados econômicos chineses mais fracos.
Na China, a balança comercial perdeu fôlego em outubro, refletindo o impacto das tarifas impostas por Washington e um enfraquecimento nas exportações, frustrando as projeções de mercado. Nos Estados Unidos, a paralisação do governo adia novamente a divulgação do payroll, deixando o Federal Reserve com menos visibilidade sobre o mercado de trabalho e reforçando a postura de cautela antes da decisão de dezembro. No Brasil, após o tom mais duro do Copom, investidores ajustaram expectativas e passaram a precificar o próximo corte da Selic apenas para março. Ainda assim, o Ibovespa manteve a resiliência e acumulou 12 altas consecutivas, enquanto o foco local nesta sexta-feira recai sobre o balanço da Petrobras, que superou estimativas e impulsionou os ADRs no exterior.

SUPORTES: 5380/2360
RESISTÊNCIAS: 5390/5430/5450
Antonio Martini Neto – CNPI-T EM2157