PSF: 20_10_2025
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados globais amanhecem em clima de otimismo, impulsionados pela confirmação do aguardado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, marcado para a próxima quinta-feira. A confirmação pela Casa Branca dissipou parte das incertezas sobre as relações sino-americanas e animou os investidores. As bolsas asiáticas fecharam em alta expressiva, refletindo o alívio geopolítico e a expectativa de novos estímulos econômicos na China, após a divulgação de um PIB abaixo de 5% na semana passada, sinalizando perda de dinamismo na segunda maior economia do mundo.
Nos Estados Unidos, o destaque do dia é a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) às 9h30, que marca o fim do “apagão de dados” provocado pelo shutdown do governo. A expectativa é de uma alta mensal de 0,4% no índice cheio e de 0,3% no núcleo, mantendo a inflação anual ligeiramente acima de 3%. Mesmo assim, o consenso segue de que o Fed deve continuar com o ciclo de cortes de juros já na próxima semana, sustentado pela desaceleração econômica e pelo tom mais dovish de seus dirigentes.
Durante o impasse fiscal, a maioria das divulgações econômicas federais foi suspensa, mas o Departamento do Trabalho abriu uma exceção para o CPI de setembro, uma vez que a taxa de inflação é usada para calcular o reajuste anual do custo de vida dos beneficiários da Previdência Social, que também será anunciado nesta sexta-feira. O mercado vê o dado como simbólico, mas insuficiente para alterar o rumo da política monetária americana. Enquanto isso, os Treasuries de 10 anos operam estáveis e o dólar perde força globalmente, em meio ao maior apetite por risco.
No Brasil, o foco está no IPCA-15, às 9h, que deve confirmar a tendência de queda da inflação, impulsionada pela redução dos preços de combustíveis e alimentos. A leitura, porém, não deve alterar a posição do Banco Central, que tende a manter a Selic estável, diante das incertezas fiscais e da necessidade de preservar a ancoragem das expectativas.
No campo político, o presidente Lula afirmou esperar uma “relação civilizatória” com os Estados Unidos em seu encontro com Trump, previsto para domingo, embora ainda sem confirmação oficial. “Relação humana é química, não pode ser feita de forma digital; pode até ser, mas o resultado não é o mesmo”, disse Lula, que encerrou sua passagem pela Indonésia e segue viagem para a Malásia