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🚨 ALERTA 3: O Copom reduziu o ritmo de corte de juros

Por: Equipe Agrinvest
Alerta, Macro
Publicado em: 08/05/2024 19:49

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O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Brasil, acabou de definir a meta da taxa Selic para os próximos 42 dias. Em linha com a expectativa majoritária do mercado, a taxa de juros no Brasil foi reduzida em 0,25 p.p., recuando de 10,75% para 10,50%, menor nível desde janeiro de 2022 (9,25%).

Dessa forma, a nossa autoridade monetária reduziu o ritmo de corte de juros após afrouxar em 0,5 p.p. por seis reuniões seguidas.

Vale salientar, que houve divergência entre os membros votantes, ficando o placar em 5 votos a favor da queda de 0,25 p.p. contra 4 os pela queda de 0,50 ponto percentual.

O desempenho da atividade econômica no Brasil acima do esperado e o aumento da incerteza externa, por conta da política monetária nos EUA, foram os dois fatores que motivaram a nossa autoridade monetária a reduzir o ritmo de queda de juros na decisão dessa quarta-feira.

No comunicado divulgado junto com a decisão, o Copom salienta os dois fatores. De acordo com o comunicado: “O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”. Segue: “Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado maior dinamismo do que o esperado. A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”.

 


COPOM NÃO SINALIZA NÃO PRÓXIMO PASSO, MAS DEVE SEGUIR CORTANDO 0,25 P.P.

Diante do aumento das incertezas do cenário externo e com a atividade econômica doméstica mais aquecida, a nossa autoridade monetária preferiu deixar em aberto seus próximos passos.

Segundo o documento: “O Comitê, unanimemente, avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela. Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Apesar de deixar em aberto o próximo passo, a tendencia é um novo corte de 0,25 p.p. na reunião do dia 19 de junho. Porém, se houver uma piora no cenário externo, com sinais de que o Fed possa não reduzir a taxa de juros nos EUA esse ano, o Copom poderá manter a taxa Selic inalterada já na próxima decisão. Mas o cenário base atual é de mais três corte de 0,25 p.p., com a taxa de juros no Brasil terminando o ano de 2024 em 9,75%.

A divisão no placar da votação tende a ser mal vista pelo mercado, especialmente, porque os três membros indicado pelo governo Lula votaram por um corte de 0,5 ponto percentual, inclusive, Gabriel Galipolo, que é o favorito para assumir o lugar da presidência do Banco Central a partir de 2025.

O grande foco do mercado agora fica para o dia 15 de maio, quando teremos a divulgação do dado de inflação ao consumidor nos EUA. Esse resultado será o grande driver para o rumo do preço dos nossos ativos na segunda quinzena desse ano.


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